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A oferta na Bíblia é um conceito central que se refere a um ato de dar algo de valor a Deus como forma de adoração, gratidão ou expiação de pecados. Este ato pode ser realizado de diversas maneiras, incluindo a entrega de animais, grãos, dinheiro ou outros bens materiais. A prática de ofertar é mencionada em várias passagens bíblicas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e possui significados e propósitos variados conforme o contexto.
No Antigo Testamento, encontramos diferentes tipos de ofertas, cada uma com um propósito específico. As ofertas queimadas, por exemplo, eram sacrifícios de animais totalmente consumidos pelo fogo, simbolizando a completa dedicação a Deus. As ofertas de cereais, por outro lado, consistiam em grãos, farinha ou pães, representando a gratidão pelas bênçãos recebidas. Havia também as ofertas pacíficas, que eram sacrifícios de comunhão, e as ofertas pelo pecado e pela culpa, que visavam a expiação de pecados específicos.
Uma das primeiras menções de oferta na Bíblia está no relato de Abel e Caim, filhos de Adão e Eva. Abel ofereceu a Deus as primícias de seu rebanho, enquanto Caim trouxe frutos da terra. Deus aceitou a oferta de Abel, mas rejeitou a de Caim, o que gerou ciúmes e levou Caim a cometer o primeiro homicídio. Este episódio ilustra a importância da intenção e da qualidade da oferta, mostrando que Deus valoriza a sinceridade e a devoção do ofertante.
Durante o período do Tabernáculo e, posteriormente, do Templo em Jerusalém, as ofertas eram parte central do culto a Deus. Os israelitas eram instruídos a trazer suas ofertas aos sacerdotes, que as apresentavam no altar. Estas ofertas incluíam sacrifícios de animais, ofertas de cereais, libações e incenso. O sistema de ofertas era detalhadamente regulamentado pela Lei de Moisés, e cada tipo de oferta tinha um significado específico, seja para expiação, gratidão ou comunhão.
No Novo Testamento, o conceito de oferta é ampliado e espiritualizado. Jesus Cristo é apresentado como a oferta suprema, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Através de Seu sacrifício na cruz, Ele cumpriu e superou todas as ofertas do Antigo Testamento. Além disso, os cristãos são encorajados a oferecer suas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, conforme Romanos 12:1. As ofertas financeiras e materiais também continuam a ser uma prática importante, como forma de sustentar a obra de Deus e ajudar os necessitados.
As ofertas na Bíblia podem ser classificadas como voluntárias ou obrigatórias. As ofertas voluntárias são aquelas que o ofertante dá por livre e espontânea vontade, movido por gratidão ou devoção. Exemplos incluem as ofertas de gratidão e as ofertas pacíficas. Já as ofertas obrigatórias são aquelas prescritas pela Lei, como as ofertas pelo pecado e pela culpa, que eram necessárias para a expiação de pecados específicos. Ambas as formas de oferta são importantes e refletem diferentes aspectos do relacionamento entre o homem e Deus.
Na comunidade cristã, as ofertas desempenham um papel vital no sustento das atividades e ministérios da igreja. Elas são usadas para manter o local de culto, apoiar missionários, ajudar os pobres e financiar diversos projetos sociais. A prática de ofertar é vista como uma expressão de fé e obediência a Deus, além de ser uma forma de participar ativamente na obra do Reino. A Bíblia ensina que Deus ama ao que dá com alegria, incentivando os cristãos a ofertarem generosamente e de coração.
O tema das ofertas está frequentemente associado à prosperidade na Bíblia. Muitos versículos, especialmente no Antigo Testamento, prometem bênçãos materiais e espirituais àqueles que ofertam fielmente. Por exemplo, em Malaquias 3:10, Deus desafia os israelitas a trazerem todos os dízimos à casa do tesouro, prometendo abrir as janelas do céu e derramar bênçãos sem medida. No entanto, é importante entender que a motivação para ofertar deve ser o amor e a obediência a Deus, e não a busca por recompensas materiais.
As ofertas também têm um papel significativo na promoção da justiça social. A Bíblia frequentemente associa a prática de ofertar com a responsabilidade de cuidar dos pobres, órfãos e viúvas. Em Deuteronômio 15:7-11, Deus instrui os israelitas a serem generosos com os necessitados, e em Tiago 1:27, a religião pura e imaculada é descrita como aquela que cuida dos órfãos e das viúvas em suas tribulações. Portanto, as ofertas são uma forma prática de demonstrar o amor ao próximo e cumprir os mandamentos de Deus.
Finalmente, as ofertas são uma expressão de adoração a Deus. Elas representam um reconhecimento de Sua soberania e bondade, e uma forma de agradecer por Suas bênçãos. No culto cristão, as ofertas são muitas vezes apresentadas durante o momento de louvor e adoração, simbolizando a entrega de nossas vidas e recursos a Deus. Através das ofertas, os fiéis expressam sua gratidão, fé e compromisso com o Reino de Deus, tornando-se participantes ativos na obra divina.